Quarta-feira, 08 de maio de 2024 |
Grávida aos 45 anosPor Adriana Mabilia * A batalha pelo sucesso profissional retarda a chegada dos filhos. Porém, cada vez mais, a mulher se entrega ao desejo de ser mãe, mesmo depois dos quarenta. |
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Luciana Meirelles, psicóloga de São Paulo, diz que a expectativa de que o filho é a felicidade suprema no universo feminino, não é apenas emocional; biologicamente a mulher é preparada para isso. Acha cedo para traçar um perfil da mulher entre 40 e 45 anos que opta pela maternidade, pois esse comportamento ainda é recente; mas aponta o início de uma geração de mães nessa faixa etária.
A maturidade e as estabilidades profissional e financeira são as vantagens da mãe tardia. Não dá para negar que pais tranqüilos e realizados têm maiores chances para criar crianças saudáveis, estruturadas e felizes.
Exemplo disso é a jornalista e apresentadora, Silvia Poppovic, que aos 45 curte seu bebê de 1 aninho, a menina Ana. Silvia admite que os três primeiros meses de gravidez exigem rigoroso acompanhamento médico. Acredita, também, que o controle da ansiedade e a melhor condição financeira são os grandes benefícios da maturidade, facilitando a educação dos filhos.
Para as jovens, às vezes, a maternidade aparece como empecilho na hora de sair, ir a festas, se divertir e dormir até mais tarde. Realizada profissionalmente e tendo já feito tudo o que queria, a mulher vê menos problemas e culpados. Nesse momento, ter um filho não é um projeto de vida, mas sim a realização de um sonho - ser mãe.
A baixa taxa de hormônios deixa a mulher madura propensa a um quadro depressivo. Se os fatores emocionais - ansiedade, expectativa e carência - estiverem sob controle o risco de cair em depressão é reduzido.
Grávida, ela alimenta a magia que é gerar uma vida. Com o nascimento da criança, a fantasia acaba para dar vez à realidade da maternidade que é a responsabilidade de cuidar de um ser totalmente dependente que chora, fica doente, tem necessidades.
Essa passagem merece especial atenção. Durante a gestação e no pós-parto a mulher fica tão frágil quanto o bebê. Vale aqui uma dica, monte um bercinho para você: conte com a solidariedade de outra mulher - mãe, tia, amiga ou irmã -, seja para ouvir o seu desabafo ou para ajudá-la a cuidar do seu filhote.
Ser mãe aos 45, também é vencer adversidades. As quatro décadas que a separam do seu filho são um ótimo motivo para reciclagem constante.
Não se assuste com novos conceitos, estilos musicais ou com a maneira dele se vestir. Apenas trate de entender a nova geração, adaptando a novidade aos seus códigos de valores; sem, é claro, abrir mão de princípios.
Pratique, na relação com seu filho, paciência e tolerância. Use o bom senso para estar disponível para o pequeno, abrindo espaço para as demais particularidades do seu dia-a-dia. A essa altura da vida, você tira isso de letra!
Você é uma mãe privilegiada, sabia? Ultimamente os pais buscam um papel mais participativo: basta andar pelos corredores das maternidades para constatar. É só baixar um pouquinho a guarda e confiar nele. A mãe tem de apoiar e incentivar o marido a cuidar do bebê, sem ridicularizá-lo.
Afinal, a chegada do filhinho aumenta a família, não é? Não vale deixar o pai de lado nessa história. Ninguém discute a sintonia entre a mãe e a criança mas o espaço do pai também tem de ser garantido. Seja o elo da família e não motivo de competição entre seu parceiro e seu filho.
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